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2 de set de 20222 min

Quiet Quitting e Grande Ressignificação

Desde o início da pandemia as relações de trabalho têm sido questionadas e passam por transformação. A busca por um significado profissional trouxe alguns movimentos, como a Grande Ressignificação (termo de mai/21), quando milhões de pessoas largaram seus empregos de forma voluntária. Segundo um estudo da PwC, o movimento continua globalmente em 2022.

Acontece que sair ou trocar de emprego nem sempre é a melhor solução. É importante a reflexão sobre o que se deseja e espera, uma abordagem mais suave.

Um pouco mais de um ano após a identificação do movimento da Grande Ressignificação se estima que 26% dos que pediram demissão no EUA estão arrependidos, segundo uma pesquisa com mais de 15 mil americanos da Joblist, plataforma de recrutamento e anúncio de vagas de emprego. Os principais motivos são:

  • decepção com a nova colocação que não atingiu as expectativas (42%), ou

  • dificuldade de encontrar boas colocações

Tendo em vista que arrependimento é bastante comum, existem empresas que contatam ex-funcionários para retornar, como um "bumerangue". Se fosse você? O que faria? Segundo a pesquisa 17% aceitariam o convite.

Quiet quitting, em português Desistência Silenciosa, tem gerado debates sobre seu significado em ago/22 em redes sociais, como o TIK TOK. Para alguns significaria sair do trabalho, enquanto para outros se trata de não aceitar trabalho adicional sem remuneração.

Uma terceira corrente diz que se trata de fazer o mínimo que é esperado da sua função no trabalho.

Não se trata de desistir do emprego, mas abandonar a ideia de sempre ter que ir além, que nem sempre é remunerado ou trará benefícios futuros.

Talvez a expressão seja confusa. A palavra desistência pode ser associada com preguiça, falta de comprometimento, até mesmo omissão. Ou seja, má conduta do funcionário que estaria boicotando a empresa, ou por outro ponto de vista, boicotando a si mesmo, sua carreira e futuro. Enfim, como colocar limites sem prejudicar a carreira?

O que está em debate é o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. As pessoas e suas necessidades são diferentes. Trabalhar o "mínimo" não é necessariamente ruim tanto para a pessoa como o empregador, desde que as expectativas estejam ajustadas.

Será que existe diferença no comportamento de homens e mulheres? A pesquisa da Joblist indica diferença comportamental entre idades e ocupações. Você tem alguma história para compartilhar? Vamos acompanhar....


Fonte da Imagem: (1) Freepik, (2) Image by redgreystock on Freepik


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