Conversa Sobre Tarifas de Importação
- FpM

- 13 de jul.
- 2 min de leitura
O presidente dos Estados Unidos anunciou em 09 de julho uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras a partir de agosto de 2025. Essa medida, se não for revertida ou atenuada, pode causar um efeito devastador, como um tsunami, em diversos setores e empresas brasileiras.
Produtos e negócios podem ser inviabilizados devido à perda de competitividade. Aumenta a probabilidade de serem substituídos por outros fornecedores, queda na demanda em função de aumento do preço e, em alguns casos, reduzir preços para manter mercado, o que compromete diretamente a margem de lucro.

Os EUA são o segundo maior destino das exportações do Brasil (12% do total, atrás apenas da China). Sendo o principal de produtos manufaturados, que são os que geram maior margem.
(1) Aeronáutica (Embraer especificamente)
(2) Agronegócio: café, carne bovina e suco de laranja
(3) Commodities industriais: petróleo, aços e ferro
Na verdade, o impacto da mudança de tarifas abrange empresas de todos os setores, e consumidor final, como uma onda. No nível macroeconômicos, pode gerar efeitos inflacionários, afetar empregos, e tornar o crescimento do PIB mais lento.
No momento, existe muita especulação sobre os impactos e estratégias de enfrentamento, como políticas governamentais e iniciativas privadas para mitigar os possíveis efeitos econômicos. Os estados mais afetados pela tarifação seriam São Paulo e Rio de Janeiro.
O tema é muito complexo, abrange uma variedade de fatores econômicos e políticos, com muitas nuances e implicações.
Diversos analistas econômicos e políticos consideram provável recuo na tarifa. Será? Alguns apostam em recuo parcial, limitado a produtos como petróleo e gás.
Por outro lado, o cenário não parece otimista. Logo após a publicação da taxa brasileira, no dia 12/jul, foram anunciados aumento de tarifas em outros países, como México e União Europeia, alcançando 30%.
Nos países europeus, os produtos impactados incluem itens de luxo, farmacêuticos, cosméticos, automóveis e vinhos. Este impacto pode se estender globalmente, por ex, se considerando que muitos produtos de luxo são fabricados na China, ampliando significativamente as repercussões ao redor do mundo.Até a metade de jul/25, foram comunicados do aumento de tarifa em 24 países e a União Europeia, sendo a menor tarifa com 20% e a maior 50%.
Enfim, o assunto está longe de pacificar. O impacto no Brasil e nas empresas exportadoras está diretamente relacionado ao complexo “xadrez” mundial.
Vamos acompanhar.
Fonte da Imagem: Freepik





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