A fim de eliminar de vez a imagem de “copiadora” de tecnologias, a China tem investido pesado em inovação, empreendedorismo e incubadora de empresas. Um importante passo foi a inclusão de punições severas para quem for acusado de roubar propriedades intelectuais. Outro incentivo é a montagem de incubadoras, a criação de fundos de investimentos e o estabelecimento de metas ambiciosas para inovação.
Atualmente os EUA ainda lideram a corrida tecnológica, com a Apple, Google, Facebook e Uber, empresas que se desenvolveram em um ambiente de livre mercado. Já a China pretende superar os EUA através de forte incentivo estatal. Este projeto tem causado preocupação aos EUA.
Para se ter uma ideia, nos últimos anos a China, segundo Hurun Research Institute, já criou mais de 160 Unicórnios (empresas que superaram US$ 1 bilhão em valor)! Dentre elas destacam-se a Ant Financial, braço financeiro do grupo Alibaba com valor aproximado de US$ 160 bilhões e a Didi, concorrente local do Uber, avaliada em tonro de US$ 50 bilhões. No Brasil no início de 2019, ainda é possível contar Unicórnios com os dedos de uma mão! Dá para sentir a força do investimento chinês!
O incentivo chega à parte física dos investimentos: na cidade de Hangzhou, berço da Alibaba, foi criada a Dream Town (cidade do sonho), especialmente voltada para empreendedores. Aproveitaram antigos galpões de grãos para instalar um ambiente onde as start-ups podem se desenvolver, contanto com incentivos fiscais, fundos de investimento de US$ 70 milhões disponibilizados pelo governo chinês além de infraestrutura, como o uso gratuito por 3 anos de nuvem de dados. Atualmente, em janeiro/2019, há cerca de 1600 start-ups instaladas na Dream Town com 15 mil jovens trabalhando para seu crescimento pessoal e empresarial.
A pujança da inovação é tanta que despertou o interesse de mais de 1000 fundos de investimento privados, dispostos a aplicar bilhões de dólares em boas ideias.
Cada vez mais o desenvolvimento será impulsionado pela tecnologia. Por isso é importante investir em educação de qualidade, que permita aos jovens desenvolver a criatividade para se tornarem veículos da inovação e consequentemente da evolução tecnológica e social dos países, agregando valor significativo ao PIB, que se converterá em melhoria de renda e de indicadores sociais. Este é o caminho que a maioria dos países já trilhou e por isso, o desafio do Brasil é muito maior!
Fonte da Imagem: Startup China
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