Os negócios estão sendo pressionados a inovar, se beneficiando das mudanças tecnológicas. Todos lembram de alguma grande empresa que desapareceu por não perceber as ameaças que estavam surgindo. Muitas profissões e serviços como táxis, agências de viagem, assessoria financeira e até mesmo empresas de varejo, perderam valor diante da utilização das plataformas de relacionamento com clientes, que oferecem fácil acesso com respostas rápidas e com menor custo.
A inovação sempre existiu, o que mudou foi a velocidade de utilização das novas tecnologias, que estão disseminadas em grupos mais amplos, especialmente de jovens empreendedores.
Os erros mais comuns das empresas são a falta de atenção para com o comportamento dos clientes, a dificuldade de enxergar uma ameaça, especialmente se o produto/serviço atual é lucrativo, e a consequente demora na tomada da decisão de reinvenção ou descontinuidade, diante de transformações já percebidas. Quando sofrem as consequências da inovação em seu mercado, são obrigadas a decidir rapidamente diante destas ameaças para evitarem a extinção. Mas a geração de ideias é um processo que consome tempo e recursos financeiros, requerendo uma mudança cultural que estimule a criatividade e o trabalho em equipe multidisciplinares.
O desafio das empresas passou a ser INOVAR. Mas até mesmo para inovar é preciso aprender, errar, refletir e criar, dedicando tempo, energia e recursos. Ter foco na estratégia, entendendo que seus ciclos são cada vez mais curtos.
As mudanças estratégicas incluem avaliação de novas tecnologias, que podem afetar todos os estágios do negócio, desde as cadeias de fornecimento e canais de distribuição até a exploração de novos modelos e segmentos de negócios.
A inovação deve estar alinhada ao posicionamento estratégico, podendo focar na inovação de produtos, serviços ou modelos de negócio, visando a liderança de mercado através da diferenciação em relação aos concorrentes. Outro enfoque é concentrar esforços de inovação na modernização e aperfeiçoamento de processos, melhorando o produto/serviço de forma incremental e não disruptiva.
As inovações também podem ocorrer através de parcerias com entidades de pesquisa e desenvolvimento ou associação/aquisição de startups. Esta opção pode reduzir o risco de insucesso e o custo de desenvolvimento.
O ponto chave é converter informações sobre clientes e fornecedores, macro-ambiente e concorrentes em inteligência competitiva, ou seja traduzi-las em tendências e associá-las a melhorias nos produtos/serviços.
Hoje o consumidor valoriza a imagem de empresa inovadora, que busca sempre levar benefícios aos clientes com inovações frequentes, mesmo correndo riscos de eventuais falhas, que são corrigidas rapidamente.
É importante que se definam critérios de medição da inovação. Num primeiro momento, os indicadores financeiros não são suficientes, utilizando-se também índices de satisfação do cliente, obtidos através de dados disponíveis nas plataformas digitais, tomando sempre o cuidado de zelar pela segurança das informações pessoais. Definir objetivos de crescimento de vendas, de nº de clientes e de resultado para cada fase também são métricas interessantes.
O aspecto legal da proteção à inovação deve ser prioritário em todas as fases: desde os estudos e testes até a fase de registro, a confidencialidade deve ser garantida através de instrumentos jurídicos, que evitarão perdas econômicas e até mesmo a responsabilização legal dos administradores.
Para se ter sucesso na inovação, profissionais e empresas precisam evitar reações defensivas em relação ao desconhecido, buscando informações de valor para que as decisões não sejam tomadas com rapidez e superficialidade, percebendo a tecnologia com propósito, reduzindo desperdícios e dispersão de esforços e recursos.
A inovação é uma jornada que não se encerra mas está em constante evolução!
Fonte da Imagem: Rapidez de Inovação
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