por Celina Gomes* para FpM.
A melhoria de processos nasceu na manufatura, na indústria automobilística, influenciada pela competição japonesa dos anos 80. A abordagem inicial, de "erro zero", buscava a eliminação do desperdício de recursos, humanos e materiais. Quanto menos produtos fossem descartados, como não aderentes à qualidade, menor a perda financeira. O mesmo vale para horas trabalhadas em produtos descartados, ou horas dedicadas ao retrabalho. Daí nasceu a metodologia six-sigma, cujo nome é oriundo da Estatística, para indicar que apenas 3 defeitos por milhão são admissíveis.
A esta visão, juntou-se a abordagem lean, que buscava eliminar etapas não essenciais, que não agregassem valor ao cliente ou à empresa e que retardassem o resultado do processo.
Mas o setor de serviços também se beneficia da melhoria de processos, seja no atendimento ao público, seja nas áreas operacionais internas das empresas.
Na área financeira, mesmo dispondo há tempos de sistemas computacionais para apoio, notamos que podem ocorrer “gargalos” nos processos. Seja por limitações dos sistemas, mas sobretudo por problemas na implantação, quando os processos não foram mapeados antes da escolha do software, podendo levar à escolha de sistema que não seja o mais adequado à empresa. Por isso, o levantamento dos processos internos deve ser feito antes da escolha, para que se possa compará-los com os dos propostos pelos sistemas, que em tese, são projetados utilizando-se as melhores práticas de mercado.
Neste post focamos em qualidade, 2a parte da série de 4 artigos Sistemas e Processos na Área Financeira.
No próximo post iremos falar de melhorias de processos e sistemas de informação.
*Celina Gomes é mestre em Engenharia Civil pela Coppe-UFRJ, pós graduada em Análise de Sistemas e Finanças Corporativas, fotógrafa nas horas vagas, parceira do blog "Finanças por Mulheres".
Fonte da imagem: Sistemas e processos na área financeira
Comments