Recuperação judicial (RJ) é um tema que marcou o mercado em 2023 com a solicitação de algumas empresas emblemáticas como Americanas, Light, Oi, Grupo Petrópolis, 123milhas.
No início de 2024 ocorreu o pedido de recuperação judicial (RJ) da companhia aérea GOL nos EUA. Reduziu o valor da empresa, com provável impacto em fornecedores, consumidores e investidores.
Outras grandes empresas que demonstraram dificuldades, buscaram reestruturação e recuperação extrajudicial, um passo anterior a recuperação judicial (RJ), entre elas Marisa (fev/23), TokStok e Amaro (mar/23).
Por último, houve casos de empresas que pediram autofalência, se enquadram neste grupo a Chocolates Pan (fev/23), Livraria Cultura (fev/23), e Saraiva (out/23)
É sempre assim? Após queda de requerimentos de RJ entre 2020-22, voltaram a patamares de anos anteriores, conforme grafico abaixo (Fonte: Serasa). Entre jan-dez/23 foram requeridas 1.405 RJ, sendo 67% de micro e pequena empresa.
A ressaca veio forte pós-pandemia, em função das empresas estarem endividadas em período de baixa recuperação econômica, com taxa de juros básica SELIC atingindo 13,75%, após ter chegado ao mínimo da história do Brasil em 2,0%.
Afinal, o que é recuperação judicial? Quais os motivos? Qual o impacto das grandes empresas no mercado?
Recuperação judicial (RJ) visa evitar a falência de uma empresa que passa por dificuldade econômico-financeira. Durante a RJ a empresa recebe permissão para suspender e renegociar parte de suas dívidas.
RJ procura reerguer a empresa mediante aprovação de um plano intermediado pela justiça e sua implementação.
Recuperação extrajudicial, por sua vez, é uma alternativa prévia a recuperação judicial. Enquanto autofalência é quando a própria empresa pede a decretação da falência à justiça, seria posterior a Recuperação judicial.
A maioria das empresas em RJ são de menor porte e estão associadas a má gestão. Muitas empresas são familiares e acabam tendo dificuldade de mudar os rumos.
Outro aspecto que pode afetar a saúde das empresas é o crescimento acelerado. Apesar de ser uma métrica muito festejada pelo mercado, pode ser o caminho para dificuldade financeira, principalmente em momentos turbulentos da economia.
A recuperação judicial de uma grande empresa pode inviabilizar empresas de menor porte, iniciando um efeito dominó com seus fornecedores, que pode ser por falta de pagamento ou redução de compras.
Quantas foram afetadas ao ponto de RJ ou falência? Quantas poderiam ser evitadas?
Não encontramos trabalhos publicados associando estes casos.
Em um mercado complexo como atual, independente do porte da sua empresa, é recomendado buscar ajuda de um consultor especializado em estratégia e finanças corporativas periodicamente para fazer ajuste de rumo. Muitas vezes pequenos ajustes que passam despercebidos por quem está na operação podem impedir uma grande dor de cabeça mais para frente.
Para saber mais:
Fonte da Imagem: (1) Desenvolvimento prorio com dados da Serasa, (2) Freepik
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