por Celina Gomes para FpM.
A recente epidemia do coronavírus trouxe maior relevância a uma discussão já existente, sobre o trabalho remoto, também conhecido como Home office.
Há poucas décadas começamos a usar e-mails para comunicações corporativas, o uso dos celulares difundiu-se e diversas funções deixaram de existir, tais como secretárias, telefonistas e office-boys.
Continuamos, porém, a reunirmos-nos em locais específicos para nos comunicar, controlar o trabalho, manter uma hierarquização oriunda do trabalho fabril, por onde a informação flui desde os níveis executivos até o chão de fábrica.
Evoluímos para computadores portáteis, teleconferências, e as tradicionais ferramentas de produtividade, como editores de texto, planilhas evoluíram para suítes, que são uma série de programas de computador em um só pacote, com funcionalidades de comunicação corporativa, seja em texto ou imagens ou vídeos armazenados ou lives e chats, aproximando-as das redes sociais.
Com tantos recursos, cabe o questionamento: ainda é necessário nos organizarmos em escritórios, se não há manipulação de matéria prima, manufatura ou serviços que exijam a presença do funcionário e do cliente?
O trabalhador do conhecimento, que trabalha em rede, não trabalha mais com meios físicos, seu "entregável" agora é digital, sejam documentos, desenhos de engenharia, pareceres, contratos.
A cultura do controle ainda é bastante forte, e legislação trabalhista brasileira ainda se baseia na carga horária, na presença física e no controle visual.
Porém, com a necessidade de isolamento imposta pelos últimos acontecimentos, vimos que algumas barreiras podem ser transpostas, regulações revistas, com vantagens para empresas e colaboradores. Redução do tempo no trânsito, redução de custos no escritório, associados a uma nova relação de trabalho, baseada em resultados e confiança, podem beneficiar a todos.
Vamos buscar novas soluções, a tecnologia pode ser nossa aliada na conquista de mais produtividade e qualidade de vida.
Fonte da Image: Wix working from home