Anualmente em janeiro, desde 1971, ocorre o Fórum Econômico Mundial ( World Economic Forum - WEF) na pequena cidade de Davos, na Suíça. Foi criado por Klaus Schwab professor de economia em Genebra.
Trata-se de um grande encontro, com duração de quatro dias, criado com objetivo de buscar soluções para um mundo melhor através de agendas globais, regionais e industriais, engajando líderes políticos, de negócios e da sociedade.
No fórum são debatidas as grandes questões do nosso tempo, como globalização, alterações climáticas, inclusão e diversidade. Cada ano tem um tema e o de 2019 foi “Globalização 4.0”, que será assunto de outro post.
Quem frequenta?
A participação é por convite. Participam chefes de estado e membros de mais de 100 países, alto executivos e empresários de 1000 empresas ou mais, líderes de organizações não governamentais, influenciadores, como estrelas de Hollywood, e vozes disruptivas. Estão todos lá, neste espaço relativamente pequeno que facilita os encontros sem necessidade de viagens.
É caro para as empresas participarem do encontro. Os demais são convidados gratuitos. É um investimento que vale a pena. Em que outro lugar seria possível ter acesso a tantos líderes em curto espaço de tempo?
Davos e as mulheres
Davos, ainda é predominantemente masculina, refletindo o mundo político e dos negócios. A participação feminina tem crescido, mas ainda é baixa. Em 2015 foram 17%. No ano 2019, com mais de 2500 delegados, as mulheres representam 22%. Aumento significativo.
Davos aplica um sistema de cotas desde 2011. De cada 5 executivos seniors uma deve ser mulher.
Em 2018, a presidência do Fórum foi dividida com várias copresidentes. Ou melhor, esta edição foi dirigida exclusivamente por mulheres. A ideia de apenas mulheres copresidentes, nesse caso, foi justificada com o objetivo de chamar a atenção da desigualdade de gênero. Radicalizar para mostrar que é preciso mudar. Vamos conhece-las abaixo.
Se olharmos o conselho de administração (Board os Trustees) da organização, são 6 mulheres em um grupo de 23 componentes, ou seja, 26%, superior à cota fixada de 20%.
Em 2019, chamou atenção outra atitude: a maestrina argentina Marin Alsop regeu a Orquestra Sinfônica de Baltimore formada apenas por mulheres, reunidas para o evento por sua solicitação. A regente recebeu o Crystal Award concedido a personalidades do meio cultural que inspiram mudanças inclusivas e sustentáveis
Vamos conhecer as mulheres copresidentes de Davos de 2018?
As copresidentes participam com ideias sobre a programação e participantes de destaque nas palestras. O grupo foi formado por representantes do setor público e privado, incluindo organizações internacionais, academia e ciência, empreendedorismo social.
1. Fabiola Gianotti, 57, é a primeira diretora da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), na Suíça.
2. Erna Solberg, 56, é a 2ª mulher primeira ministra da Noruega, e líder do partido conservador do seu país.
3. Christine Lagarde, 62, diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) desde 2011, a 1ª mulher a ocupar este cargo, em Washington, EUA.
4. Isabelle Kocher, 51, CEO da Engie, empresa multinacional de energia francesa.
5. Sharan Burrow, 63, Secretária geral da Confederação Sindical Internacional (ITUC), a maior federação do mundo, na Bélgica
6. Ginni Rometty, 60, primeira mulher CEO e presidente do conselho (chairman) da IBM, EUA
7. Chetna Sinha, 58, fundadora e presidente da Fundação Mann Deshis, India, que visa empoderar mulheres empreendedoras através de microcrédito.
Quem são as mulheres do Board em 2019?
O conselho atua como guardião da missão e dos valores. É formado por representantes da comunidade de negócios, líderes de organizações internacionais e sociedade civil.
Christine e Fabiola foram citadas acima como copresidentes de 2018:
1. Christine Lagarde, francesa, de 1956, diretora geral do FMI
2. Fabiola Gianotti, italiana, de 1969, diretora da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear
3. Chrystia Freeland, de 1968, canadense, ministra de comércio exterior do Canadá
4. Orit Gadish, israelense, de 1951, presidente da Bain & Conpany Inc.
5. Rania Al Abdullah, de 1970, rainha da Jordânia.
6. Ursula von der Leyen, Alemã, de 1958, Ministra da Defesa na Alemanha
Qual a idade média dos participantes de Davos?
A idade média dos participantes fica em torno de 50 anos, o que faz sentido, já que não é fácil chegar à cargos de liderança antes dos 40 anos. É preciso adquirir conhecimento e experiência de vida, ter uma carreira e história de vida consistentes. Nós, do Finanças por Mulheres, concordamos com este perfil.
As mulheres são ligeiramente mais novas, o que também faz sentido, é mais recente sua chegada ao poder político e aos negócios.
Um detalhe?
· Perceberam que as mulheres que se destacaram em 2018 tinham a média de idade de 58 anos?
· No Board de 2019, a média de idade das mulheres está em 57 anos.
E o futuro?
Uma boa notícia para as mulheres! Entre os jovens líderes globais, com menos de 40 anos que são convidados, já não existe diferença de gênero. Está mudando...
Vamos torcer para que nos próximos anos esta tendência se confirme!
Fonte da Imagem: Copresidentes
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