Celina Gomes para BlogFpM.
Uma das razões para a recente explosão de ferramentas de Inteligência artificial (IA) se deve ao aumento de poder computacional disponível nos equipamentos, especialmente nos servidores. Afinal, o conceito já existe há décadas, mas demandava volume de processamento não atendido pelos hardwares existentes, uma vez que a IA baseia-se principalmente em analisar grandes volumes de dados e extrair relações entre eles. É importante ressaltar que este processamento também consome grande quantidade de energia.
Vale notar que em uma época onde se fala de energias renováveis, e do esgotamento de recursos naturais, a demanda para instalação de datacenters no Brasil está aumentando, segundo reportagem do jornal O GLOBO, de 15/setembro.
Segundo a reportagem, a energia no Brasil é majoritariamente limpa, o que incentiva empresas estrangeiras a trazerem seus datacenters para cá. Além disso, uma consulta ao ChatGPT consome 10 vezes mais energia que uma consulta ao Google. Outro fator que impacta o consumo de energia é a necessidade de resfriamento das máquinas, para manter a temperatura adequada.
Atualmente 86% dos datacenters estão no estado de São Paulo, especialmente em Barueri e Campinas, próximos da capital. Mas há oportunidades: dos 3 cabos submarinos que ligam o Brasil a outros continentes, um está em Santos–SP, um no Rio e outro em Fortaleza.
Assim, a IA, pode dar um salto na produtividade e no crescimento, além dos desafios éticos dos quais já falamos outras vezes, terá que ser sustentável, numa época em que a questão climática e ambiental não pode mais ser ignorada.
Fonte da imagem: Freepik
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