CDS (Credit Default Swap), em livre tradução significa “Troca de Risco de Crédito”, é um tipo de derivativo criado para reduzir a exposição ao risco de inadimplência no crédito, são semelhantes a um contrato de seguro.
Lembrando conceitos:
(1) Derivativos são instrumentos financeiros cujo preço é baseado no valor de mercado de outro ativo
(2) Default significa a falta de pagamento de uma dívida
(3) Swap (troca) é um tipo de derivativo que negocia rentabilidade futura
O primeiro CDS (credit default swap) foi criado pelo JP Morgan em 1994, se tornando popular no início dos anos 2000. Com o tempo se tornou uma ferramenta ativa para gerenciamento de risco portfólio. Ficaram em evidência na crise de 2008.
![Credit Default Swap](https://static.wixstatic.com/media/41f5a9_383148df40fb4a299d1dd1a95d7d1816~mv2.jpg/v1/fill/w_147,h_120,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/41f5a9_383148df40fb4a299d1dd1a95d7d1816~mv2.jpg)
CDS podem ser baseados em títulos da dívida do tesouro de um país (ex: CDS Brasil), corporativos, hipotecários. Sendo que o preço é função do risco medido pelo mercado.
Existem 3 tipos de papéis CDS:
Específicos para um determinado tipo de risco, como títulos de países e empresas
Proteção de carteira de investimentos
Índices de CDS que funcionam como referência ao custo da transferência de risco
Como funciona? Ao comprar um CDS, o investidor concorda em reembolsar o credor caso ocorra inadimplência do devedor.
Quem usa? Investidores institucionais, como fundos de investimentos e seguradoras. São negociados no mercado de balcão.
Normalmente existem 3 partes envolvidas:
Emissor da dívida, ou seja, a empresa que solicita empréstimo
Comprador, instituição que concedeu o crédito e busca se proteger do risco de calote ou falência de uma empresa. Funciona como um seguro.
Vendedor, que recebe uma taxa pela operação, e assume o risco de default
Por que dar crédito se existe a desconfiança de não pagamento?
Neste cenário se enquadram empréstimos de longo prazo que contem a incerteza do futuro.
Outra situação se relaciona a classificação de risco da empresa tomadora do crédito. CDS daria garantia para empresas classificadas pelas agencias com maior risco, aumentando o leque de investidores.
Sua desvantagem? Baixa regulamentação e padronização. Os contratos são customizados entre as partes envolvidas, sem muita transparência. O valor cobrado varia muito com a percepção de risco. Além disso, podem ter falta de liquidez. É um mercado com alta especulação, sendo difícil rastrear pelos órgãos reguladores.
Portanto, CDS não é um produto indicado para investidor pessoa física. É complexo, com muitos riscos envolvidos.
Para saber como funciona indicamos um vídeo, em inglês, com legenda em português, com acesso em 20/06/2022:
Credit Default Swaps by KhanAcademy.org
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