por Celina Gomes para blog FpM
Esta é uma questão com grande visibilidade no final de 2019 no Brasil e no mundo, mas a tecnologia pode trazer muitos outros desdobramentos.
A velocidade de transmissão de dados, que pode atingir até 10 Gbps (gigabites por segundo), é uma delas, mas a estabilidade das conexões também será bastante superior.
Com estes atributos, a tecnologia 5G vai viabilizar a internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) e os carros autônomos. Logo, não se trata apenas de termos um celular mais rápido ou mais potente, trata-se de uma evolução (ou disrupção) nos serviços de telecomunicações e nos serviços que empresas poderão prestar. Dispositivos controlados à distância poderão não apenas medir, atuando como sensores e coletores de informação, mas também atuar, ou seja, poderemos ter robôs controlados à distância. Os carros autônomos evoluem rapidamente, trazendo à tona questões éticas e legais, como a responsabilidade por acidentes.
A tecnologia 5G necessita de uma maior quantidade de antenas, mais próximas entre si, o que implica em maiores custos para sua implantação.
Somado ao cenário tecnológico, temos a questão política, do domínio da tecnologia. Apenas 3 empresas no mundo dominam a tecnologia 5G, que são: a chinesa Huawei, a finlandesa Nokia e a sueca Ericsson. Curiosamente, nenhuma americana. O governo americano impôs restrições ao uso da tecnologia Huawei no país, por suspeitas de vazamento de informações.
O setor de telecomunicações do Brasil é privatizado, mas o edital para o leilão das frequências é publicado pela Anatel. Como foi pedida a vista por um dos conselheiros, a abertura para consulta pública não vai acontecer em 2019. A expectativa é que seja em 2020.
O setor certamente continuará em destaque em 2020. Vamos acompanhar?
Fonte da Imagem: Wis Unsplash Denisse Lon
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