Investir em renda fixa é considerado uma das aplicações financeiras mais seguras disponíveis no mercado. O modelo de remuneração é conhecido no momento da contratação, daí a origem do nome.
Os modelos de remuneração em renda fixa podem ser:
Pré-fixados, este é o único caso que o investidor sabe quanto receberá ao final
Pós-fixados, são atrelados a um índice de referência, como a inflação pelo IPCA
Híbridos, composição de uma parte pré-fixada com um índice
A previsibilidade não significa ausência de variação e riscos de mercado e de crédito. Os produtos são afetados por inflação, taxa de juros, e perfil do emissor. Comparando com contrato de aluguel, o valor do reajuste anual é função de um índice de inflação (pós-fixado), enquanto o risco de crédito significa a chance de atrasos ou falta de pagamento (inadimplência).
Em função da nomenclatura é bastante comum confundir a modalidade com a poupança e com o Tesouro Direto que são títulos emitido pelos governo. Neste caso, os riscos estão relacionados a taxa de juros e inflação, os títulos do governo são garantidos pelo Tesouro Nacional, e considerados os mais seguros pelo mercado.
São vários produtos disponíveis de renda fixa corporativa. Como são emitidos por empresas e instituições financeiras, existe riscos adicionais relacionados a saúde financeira do emissor. Papeis de bancos são garantidos pelo governo pelo FGC (fundo garantidor de crédito) até o valor de R$250mil por emissor. Um risco adicional é relacionado a falta de liquidez, que significa não poder sacar quando se deseja.
Vamos conhecer alguns produtos de renda fixa além dos emitidos pelo governo?
1. CDB (certificado de deposito bancário) são emitidos por instituições financeiras, a remuneração é atrelada a taxa de CDI. Existe o risco do Banco emissor, sendo garantidos pelo FGC.
2. LCI (letras de crédito imobiliário) e LCA (agronegócio) são emitidas pelas instituições financeiras, restritas a uma determinada atividade, garantidas pelo FGC. Como vantagem tem a isenção de imposto de renda.
3. CRI (certificado de recebíveis imobiliários) e CRA (agronegócio) são direitos de crédito. Os riscos são função do prazo e do mercado de atuação, sem FGC. Isento de imposto de renda
4. Debêntures, são emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais. Não são cobertas pelo FGC, sendo mais arriscada que o CDB e LCI.
5. Fundos de Renda Fixa - seguem regras estabelecidas. A maioria tem boa liquidez, sendo indicados para reserva de emergência. Não são cobertos pelo FGC.
Os fundos de renda fixa se classificam pelas estratégias, entre elas:
Simples – obrigatório pelo menos 95% em títulos públicos. É considerado o de menor risco.
Referenciados – buscam acompanhar um índice do mercado, ou taxa de juros, o mais conhecido é o Fundo DI. Precisam manter no mínimo 95% investido em ativos do indicador, sendo no mínimo 80% em títulos públicos
Curto prazo – prazo médio da carteira inferior a 60 dias
Crédito privado - pelo menos 50% em debentures e CDBs
Antes de se decidir por uma aplicação financeira respeite seu perfil de tolerância a risco, e aderência aos seus projetos.
Recomendamos fazer uma reserva de emergência de pelo menos 6 meses em aplicações com liquidez diária e baixo risco.
Para saber sobre os fundos de renda fixa indicamos os seguintes artigos/ links:
Melhores Fundos por #maisretorno. O site de 2017 contém histórico dos fundos com suas características. Foi uma grande descoberta do nosso BlogFpM e passamos a consultar.
O Valor publicou em 02/06/21 um artigo interessante: Fundos mais rentáveis em 2021.
A Anbima (Associação Brasileira de Mercado de Capitais) divulga diversos relatórios sobre a indústria de fundos de investimento, entre eles, no 14º do mês o ranking de origem e distribuição. Variável importante para avaliação de risco.
Vídeo da Anbima: Renda Fixa
Fonte da Imagem: (1)Wix Finantial Chart (2)RiscoxRetorno